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Arquitetos: Atelier Alter Architects
- Área: 2880 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Highlite Images
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Fabricantes: Cement, Habito, Jinyang
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Centro Cultural WuliEpoch propõe um tríptico entre arquitetura, paisagismo e design de interiores. Ao mesmo tempo que o projeto é cercado pelo esplendor da Western Hill, uma cadeia montanhosa a oeste de Beijing, a arquitetura e seu interior revelam uma experiência imersiva junto do paisagismo. A paisagem é introduzida no projeto de maneira dinâmica: um caminho contínuo contorna a construção e conduz do exterior ao interior. O jardim exterior, a paisagem natural e o paisagismo no interior se somam no decorrer do caminho, enquanto uma gramática arquitetônica que trás formas curvas deixam a ambiência quase religiosa, como uma forma de adorar a natureza.
O projeto responde à forma triangular do terreno empilhando e cruzando camadas de paredes curvas, formando assim uma rede de espaços. As demarcações dos espaços podem ser paredes horizontais fixadas no chão, ou ainda penduradas e suspensas no ar. Buscando um diálogo entre as casas com pátio tradicionais de Beijing e o cenário da grande muralha da China, criam-se paredes de alvenaria que se espalham cuidadosamente pelo paisagismo, aparecem na arquitetura e também no projeto de interiores. A tonalidade dos materiais escolhidos traz temporalidade ao projeto. O projeto apresenta uma área de1500m² e tem um rinque de patinação de 400m²
O projeto interpreta a natureza de três diferentes formas. Primeiramente o interior retrata a natureza de forma digital. A imagem das folhagens de outono nas Western Hills é representada por painéis de alumínio laminado de madeira brilhante. Os painéis variam de cor, de um amarelo quente para branco, sugerindo a transição da entrada para o ringue de patinação. O arranjo de painéis de forro cria um “Western Hills invertido”.
A segunda forma é a justaposição de elementos naturais. Blocos de concreto reciclado foram cortados em peças finas e organizados de forma a criar superfícies curvas, remetendo às formas naturais, de modo que a soma de elementos de alvenaria com jogos de iluminação revelam a abstração de elementos da natureza como montanhas e cachoeiras. O contraste entre o que é vivo e o que não é proporciona aos visitantes um incentivo a pensar criticamente sobre a natureza.
Enfim, o projeto interpreta a natureza ao introduzir a paisagem distante ao interior de forma dinâmica. O paisagismo se torna uma sala de estar.